quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O vício do colo!

Hoje, numa conversa informal de café, uma mãe confidenciava-me que a sua filha era viciada em colo. Na verdade, esta é uma expressão que muitas vezes ouço das mães e das avós e que, acaba por passar de geração em geração como se isto do Colo fosse uma coisa má. 

Não poderia estar mais em desacordo
.
Colo é aconchego, é segurança, é afeto, é hetero/auto-regulador e ainda por cima gratuito e sem contra-indicações!

Nunca há excesso de colo. Por isso, abusem,..., o problema certamente não será esse!

Vamos lá acabar com esta enorme e errada pressão social para a autonomização do bebé.

Ora leiam:

"... é impossível estragar um bebé dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar o seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la. Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais, ou porque lhe cantaram canções de ninar demais ,….,. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crónico, parece ser a maior preocupação de nossa sociedade." 

in "Besame Mucho", Carlos Gonzalez - pediatra

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