Dia 1, dia de voltar às rotinas!! :)
Cá por casa hoje começou
assim: todos preparados para o seu “trabalho”: pappy, mummy e o pequeno – grande J.A.
Foi dia de regresso à
escolinha e à oportunidade única de interagir com os amiguinhos e experimentar outras
coisas novas. Sim, porque o regresso é tanto mais fácil quanto verdadeiramente
lhes passamos a ideia de que a escola é um sítio bom e seguro para se estar.
Não é preciso fazer dramas!
[ainda que nem sempre todos os dias sejam
iguais e de sol, mas com jeitinho e boas estratégias a coisa vai lá!].
Começamos há algum tempo
a preparar esta ida.
Íamos pontualmente falando do assunto, sem
stress, relembrando o lado positivo da Rentrée
e, na véspera, deixámos tudo preparadinho para de manhã ser mais fácil “driblar”
os obstáculos que pudessem surgir. Rotinas de sono e higiene em ordem, tudo correu
bem ...
Aliás, foi espetacular
perceber a alegria quando não só reencontrou os compinchas como todas as
pessoas do jardim (e sim, é um miúdo por natureza tímido).
Eu ainda fiquei à
converseta, a partilhar histórias e … ele lá se enturmou.
Na verdade, apesar de eu
casualmente ter ficado um bocadinho por ali…ele de mim nem deu sinal… o que foi
ótimo!! Haverá algo mais fantástico do que progressivamente nos tornarmos umas
mãe “desnecessárias”!
Partilho o texto!
"A boa mãe é aquela
que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo."
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela
sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural
materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros,
tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer
na luta para controlar a super-mãe que todas temos
dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa
isso.
Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de
mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma
droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes.
Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e
cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e
refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho,
para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de
se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos,
constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza
de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no
fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto
nas horas difíceis.
Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o
maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para
quando eles decidirem atracar.
"Dê a quem você Ama :
- Asas para voar...
- Raízes para voltar...
- Motivos para ficar... " - Dalai
Lama"
fotos: pinterest
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