terça-feira, 1 de setembro de 2015

Regresso à Escolinha! | Rentrée


Dia 1, dia de voltar às rotinas!! :)

Cá por casa hoje começou assim: todos preparados para o seu “trabalho”: pappy, mummy e o pequeno – grande J.A.

Foi dia de regresso à escolinha e à oportunidade única de interagir com os amiguinhos e experimentar outras coisas novas. Sim, porque o regresso é tanto mais fácil quanto verdadeiramente lhes passamos a ideia de que a escola é um sítio bom e seguro para se estar. Não é preciso fazer dramas!

[ainda que nem sempre todos os dias sejam iguais e de sol, mas com jeitinho e boas estratégias a coisa vai lá!].

Começamos há algum tempo a preparar esta ida.

Íamos pontualmente falando do assunto, sem stress, relembrando o lado positivo da Rentrée e, na véspera, deixámos tudo preparadinho para de manhã ser mais fácil “driblar” os obstáculos que pudessem surgir. Rotinas de sono e higiene em ordem, tudo correu bem ...

Aliás, foi espetacular perceber a alegria quando não só reencontrou os compinchas como todas as pessoas do jardim (e sim, é um miúdo por natureza tímido). 

Eu ainda fiquei à converseta, a partilhar histórias e … ele lá se enturmou.

Na verdade, apesar de eu casualmente ter ficado um bocadinho por ali…ele de mim nem deu sinal… o que foi ótimo!! Haverá algo mais fantástico do que progressivamente nos tornarmos umas mãe “desnecessárias”!

Partilho o texto!


"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.

Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara.

Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.

Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso.


Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de
mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.

Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o
maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

"Dê a quem você Ama :
- Asas para voar...
- Raízes para voltar...
- Motivos para ficar... " -  Dalai Lama"

fotos: pinterest




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